terça-feira, 31 de maio de 2011

PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Galera,

contribuição do Danilo, um resumo da matéria da prova de amanhã !! Tenho certeza que ajudará e mto !!!

Aproveitem !!!!


PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

Piaget – Construtivismo

A teoria de Piaget, diz que o ser humano depende de três fatores fundamentais para o seu desenvolvimento, sendo eles: Condições biologias (maturação), somado a experiência física com os objetos, somado a interação social.
Nada adianta também o ser humano ter muita interação com ambiente e pessoas e não estar pronto maturacionalmente para “encarar” aquilo que lhe é proposto, pois não há condições biológicas de aprendizado.
Acreditava que não necessariamente a pessoa não tinha inteligência, mas talvez essa não tivesse bagagem suficiente para responder as perguntas.

Dentro desta teoria ele divide e organiza um conceito cognitivo básico nas seguintes etapas:

Esquema: Como se fosse arquivos, que armazenam dentro deles várias informações.
Ex: Esquema de ANDAR armazena  funções de como realizar está ação.

Nossos esquemas sempre estão dispostos a sofrer mudanças a se tornarem mais refinados, mais  desenvolvidos. Lembrando que os esquemas das crianças ainda são simples e os dos adultos por possuírem mais informações já serão mais complexos.

Assimilação: É quando vamos até os nossos arquivos (esquemas) e  renovamo-los  esse “esquema” já existente para que caiba melhor em nossas respostas. Ou seja, é quando usamos a “assimilação” de esquemas antigos para gerar novas respostas.

Acomodação: Quando o ser humano se depara a um fato novo, ele tenta assimilar com esquemas já existentes. Porém isso não é possível, por tal fato ser novo e jamais visto antes, por isso não existe nenhum esquema que se encaixe. Para isso a pessoa cria um novo esquema (nova ficha de arquivo) que se encaixe ao estimulo (pergunta).

Equilibração: É o estado de balanço entre acomodação e assimilação. Quando o ser humano se depara a uma nova experiência, enquanto ele não resolve a situação, fica em desequilíbrio e para se manter em “equilíbrio” ele busca meios de resolver a situação. Essa busca de maneiras para resolver a situação é chamada equilibração.

Piaget dividiu o desenvolvimento humano em quatro estágios:
Estagio sensório – motor: desenvolvimento inicial das coordenações e relações de ordem entre as ações; inicio de diferenciação entre os objetos e entre o próprio corpo e os objetos; aos 18 meses, mais ou menos, cria capacidade de representar um significado a partir de um significante. No estagio sensório – motor o campo da inteligência aplica-se a situações e ações concretas (0 a 2 anos).

Estagio pré – operatório: reprodução de imagens mentais, uso do pensamento intuitivo, linguagem comunicativa e egocêntrica. (2 a 6 anos).
Estágio operatório concreto: capacidade de classificação, agrupamento, reversibilidade, linguagem socializada; atividades realizadas concretamente sem maior capacidade de abstração; (7 a 11 anos).
Estágios das operações formais (11/12 anos em diante): transição para o modo adulto de pensar, capacidade de pensar sobre hipóteses e ideais abstratas, linguagem como suporte do pensamento conceitual.

Papel do professor: Questionamento, Criar hipóteses, comparar, estabelecer relações.

Skinner – Comportamentalista

Comportamentalista é você ter o controle do ambiente e em longo prazo o individuo ter autocontrole.

Concepção do homem: As variáveis presentes no ambiente interferem no comportamento.

Papel da sociedade: Responsável pela definição e cobranças dos comportamentos esperados. Respeito pela cultura e aos valores definidos pela sociedade.

Papel da educação e do ensino: São responsáveis pela transmissão de valores desejado e transformação dos comportamentos inadequados.

Papel do professor: É um analista de contingências (variáveis que estão presentes no ambiente que interferem no comportamento) de reforço.

Reforço positivo – Apresentação de seus estimulo positivo imediatamente após a resposta desejada.
Ex: Atenção à Sempre que fizer algo certo, dar atenção, elogiar, olhar, dar um sorriso.

Reforço negativo: Retirada do estimulo positivo imediatamente após a resposta indesejada.

Punição: Apresentação de um estímulo negativo imediatamente após a resposta indesejada.

Carl Rogers – Humanismo

A teoria  se baseia em uma ligação interpessoal ou seja .Aluno e professor devem se relacionar sim como seres humanos.
Rogers acredita que o aprendizado torna-se mais fácil de ser assimilado quando  o professor  não pensa somente no intelecto –cognitivo mas também em afetividade e vivencias

Rogers acredita que existem dois tipos de aprendizado

Convencional: Método o qual o professor “despeja” conhecimentos, impossibilitando os alunos de vivencia-las e “selecionar” para si mesmo aquilo que acha importante aprender. O professor torna-se um figura ameaçadora por avaliações de conteúdos e não de aprendizagem em sim.

Significativo: Onde o professor proporciona vivencias, fazendo com que os alunos consigam aprender melhor. Essa maneira de aprendizado não afesta só o intelecto cognitivo mas também o afetivo e o pessoal. O professor age como facilitador gerando um ambiente que proporcione conforto sem ameaças.

Atitudes facilitadoras:

Congruência: Coerência intera, ou seja, eu sei quem eu sou, sei o que sinto e sei o que penso
Autenticidade: Pessoa transparente.
Empatia: Capacidade de se colocar no lugar do outro, como se fosse o outro, mas sem ser.
Aceitação Positiva: Aceitar o outro como é e não como você gostaria que fosse.

Freud – Psicanálise

Teoria de Freud teve dois momentos um primeiro onde ele utilizava-se do meio da hipnose com seus pacientes e um segundo onde ele se baseou em que as pessoas só deveriam falar e pensar naquilo que elas tivessem vontade e quando essas surgissem livremente.

Freud divide a consciência em duas:

Pré consciência: elemento consciente em todos os momentos.
Inconsciente: elemento impulsivo que não se interliga com a consciência em nenhum momento e é geralmente reprimido e censurado. (pulsões e libidos)
  • Pulsões são impulsos que gera excitação corporal localizada. Tem 4 componentes: fonte, finalidade, pressão e objeto.
Pulsões podem ser de vida (prazer, ligadas ao libido, sexualidade) e de morte (raiva, agressividade...).
  • Instinto: ação irracional própria dos animais

Estruturas  de personalidade
Id: localizam os instintos, desejos, fantasias. É desorganizado, seus conteúdos são quase todos inconscientes e muitas vezes liberados nos sonhos.
Superego: extremante repressor a si mesmo, se cobra muito. Pode agir inconscientemente através de compulsões ou proibições.
Ego: Realista é influenciado pelo ID, na tentativa de buscar sua satisfação e reduzir a tensão.

Fases Psíco-sexuais

Oral (0-2 anos) - Crianças põem todo na boca, pois é nessa região que esta centralizada a redução de tensão
Anal (2-4 anos) – Crianças começam a dominar as necessidades fisiológicas de ir ao banheiro e  tomam 1º escolha e responsabilidade para si (Descoberta do banheiro).

Fálica (3 – 4 anos) – Percepção das diferenças sexuais anatômicas, característica da fase complexo de Édipo.

Período de latência ( +/- 6 anos) - quando o superego age sobre a descoberta da diferenças sexuais crianças sente vergonha se auto censuram.

Genital (inicio da adolescência) – Retorno da energia libidinal aos órgãos sexuais, nesta fase se quebra o complexo de Édipo.

Soluções:
Sonho:Realização de desejos
Sublimação: A energia é dirigida para nosso propósitos: Intelectuais, culturais, etc... Uma forma menos ameaçadora de se satisfazer de maneira que o ID também se satisfaça.

Wallon

Emoção gera à contagio à reação do outro à sentido.

Possuímos três conjuntos funcionais:
Afetivo
Motor
Cognitivo

Pessoa – O desenvolvimento é em espiral, feito de retrocessos e rupturas.

Imperícia – Falta de controle dos movimentos corporais, isso pode acontecer por falta de coordenação motora, falta de jeito ou também é causado por aspectos emocionais.

Sincretismo – Quando há dificuldade de organização de pensamento

Papel do professor – é mediador, promove mediação, respeito às necessidades e a história cultural. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ANATOMIA

ANATOMIA

Sistema Esquelético

         Formado pelo conjunto de ossos do corpo humano, catalogados em 206 ossos. São estruturas anatômicas remodeláveis que apresentam forma e contagem variáveis durante as diversas fases da vida. O esqueleto divide-se anatomicamente em:
  1. ESQUELETO AXIAL: formado pelo ossos do eixo longitudinal do corpo (centrais) mais relacionados com a proteção de órgãos corporais. São eles: 
                                   a) crânio
                                   b) 12 pares de costelas
                                   c) esterno
                                   d) coluna vertebral,  incluindo o sacro e o cóccix.

     2. ESQUELETO APENDICULAR: formado pelos ossos das extremidades do corpo(laterais), mas relacionados com a locomoção corporal. Subdividem-se em :
                                  a) cintura escapular: clavícula e escápula
                                  b) membros superiores: úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, matacarpo e falanges 
                                  c) cintura pélvica: também conhecido como ossos da pelve ou ossos do quadril. Formado pela união de 3 ossos (ílio, ísquio, púbis)
                                  d) membros inferiores: fêmur, patela, fíbula, tíbia, ossos do tarso, matatarso e falanges.
TIPOS DE OSSOS: 
    a) Longos: comprimento maior que a largura e a espessura. Possui eixo longitudinal amplo. ex: úmero, fêmur, falanges.
   b) Curtos: comprimento, largura e espessura semelhantes. ex: ossos do carpo e ossos do tarso.
   c) Planos ou laminares: comprimento semelhante a largura e ambos maiores que a espessura. Em forma de placas do tipo côncavo - convexo.ex: escapula, calota craniana.
  d) Irregulares: sem formato anatômico definido, com aspecto fora do tradicional, bizarro. ex: vértebras, ossos da face.
  e) Pneumáticos: apresentam ar em seu interior. Possuem dupla classificação. ex: frontal, etmóide, esfenóide, maxilas.
  f) Sesamóide: ligados a cápsulas articulares ou tendões.ex: patela.

ESTRUTURAS OSSEAS ACOPLÁDAS.
   1) Crânio: conjunto formado por 22 ossos, interligados, com excessão da mandíbula, único osso móvel do crânio. Divide-se anatomicamente em: 
                       a) ossos da calota craniana (08 ossos): unidos por articulações fibrosas (endurecidas), do tipo sutura. Compõe-se de 3 placas ósseas unidas: frontal, 2 temporais, 2 parietais, occipital, esfenóide e etmóide.
                        b) ossos da face (14 ossos): Ossos irregulares e pneumáticos unidos, com excessão da mandíbula. Apresentam 3 aberturas (fonação, audição, fala e respiração). São eles: 2 nasais, 2 conchas nasais, 2 zigomáticos e 2 lacrimais. - Ossos internos. vômer; palato duro - 2 palatinos, 2 maxilas;  mandíbula.
   
    2) Esqueleto torácico: formado pela união de 12 pares de costelas + esterno + 12 vértebras torácicas.

Divisão das costelas:
   a) 1ª a 7ª - costelas verdadeiras - ligadas ao esterno
   b) 8ª a 10ª - costelas falsas - ligadas indiretamente ao esterno
   c) 11ª e 12ª - costelas flutuantes - não ligadas ao esterno.
 
   3) Bacia: formada pelos 3 ossos da pelve (ílio, ísquio e púbis) + sacro e cóccix.

   4) Coluna vertebral: Mantém o eixo longitudinal do corpo (posição ereta). Proteção da medula espinhal.
              Divisão anatômica: 
                        - cervical: C1 a C7
                        - toráxica: T1 a T12
                        - lombar: L1 a L5
                        - Sacro: 5 vértebras rudimentares
                        - cóccix: 4 vertebras rudimentares
              Vértebras especiais: São assim denominadas pois participam na articulação da cabeça. C1: atlas e C2: axis.

Partes anatômicas de uma vértebra:
       a) Corpo: região anterior arredondada e macia. São delimitadas pelos discos intervertebrais e suportam pelo corporal.
       b) Arco: Separado do corpo pelo forâme vertebral. Possuem várias proeminências:4 processos articulares ( 2 superiores e 2 inferiores), 2 processos laterais (direito e esquerdo) e 1 processo espinhoso (posterior).

Curvaturas da coluna:
-Cifose
-Lordose
-Escoliose

Sistema esquelético:
         Anatomia microscópica do osso:
O tecido ósseo é um dos tipos de tecido conjuntivo embrionários, altamente remodelável. Possui células amplamente separadas, com uma matriz intercelular abundante. Responde a estímulos hormonais e nutricionais, e apresenta formas anatômicas diversas durante a vida.
Sua matriz óssea é composta de 25% de H2O, 25% de fibras colágenas ( que conferem flexibilidade ao tecido), e 50% de sais minerais cristalizados (que conferem rigidez ao tecido), além de serem responsáveis pelo processo de ossificação, com endurecimento ósseo.
Células do tecido ósseo:
a) osteoblastos: são as células formadoras de ossos, que sintetizam as fibras colágenas e componentes orgânicos para formar a matriz óssea, formando posteriormente os osteócitos.
b) osteócitos: células maduras, que formam o tecido, mantendo o seu metabolismo diário e a troca de nutrientes com o sangue.
c) osteoclástos: células grandes, que sintetizam e digerem (limpam) as substâncias proteicas e os íons degenerados da matriz óssea.

Funções do esqueleto:
          O esqueleto humano, formado pelo conjunto de 206 ossos, apresenta funções diversas, relacionadas com ações mecânicas e orgânicas.

1. Funções mecânicas:
         Suporte e sustentação: o esqueleto humano, através de suas características anatômicas, é capaz de sustentar peso externo e estruturas corporais internas, como os músculos nele acoplados.
b) Proteção: realizado pelo esqueleto axial, principalmente de órgãos corporais internos.
c) Rigidez: pela presença de cálcio.
d) Alavancagem: função biomecânica dos óssos do aparelho locomotor, formando desde alavancas simples até as mais complexas.
e) fixação muscular: através do tendão, que são proliferações musculares que se ligam aos óssos.

2. Funções orgânicas: 
          a) produção das células do sangue: feita pela medula óssea vermelha.
          b) armazenamento de gordura: feita pela medula óssea amarela.
          c) armazenamento de sais minerais: ocorre principalmente nas diáfises óssea (cálcio, magnésio e fósforo)

3. Composição
      50% sais minerais
      25% colágeno
      25% água
A absorção do cálcio ocorre no ossos através do exercício, quando este é impactante. 
estrógeno: hormônio que auxilia na decomposição do cálcio Após a menopausa, diminui a rodução deste hormônio causando osteoporose.

Estruturas anatômicas acopladas ao aparelho locomotor: 
 a) tendões: são prolongamentos dos músculos, de tecido conjuntivo. São estruturas de muita resistência mecânica, responsáveis por evitar a ruptura do músculo do osso.
 b) ligamentos: proliferações das capsúlas articulares, responsáveis pela fixação dos ossos em uma articulação. São muito elásticos.
 c) fáscias ou bainhas: são envoltórios de revestimento dos músculos. Revestem, protegem e isolam os músculos, evitando suas aderências durante a contração muscular.
 d) cápsulas: são estruturas de tecido conjuntivo que revestem toda a articulação. São elásticas, formam os ligamentos e protegem as articulações. 

Partes anatômicas dos ossos longos: 
 a) epífise: extremidades dos ossos longos. Local onde estão as placas de crescimento, por onde os ossos crescem, no sentido longitudinal.
 b) diáfise: parte central do osso. É o corpo do osso.
 c) matáfise: linha virtual de crescimento. Local de onde partem o estímulos para as epífises processarem o crescimento ósseo.
 d) periósteo: mambrana de revestimento dos órgãos. Local onde ocorre a inervação (sensibilidade) e a vascularização (nutrição) do osso.
 e) medula óssea: parte interna dos óssos, onde fica o canal medular. Nas extremidades são produzidas as células do sangue (medula óssea vermelha) e na parte central são armazenadas as gorduras (medula óssea amarela).

Sistema articular
       Articulação é a união de 2 ou mais óssos.
Classificação anatômica:
       Baseia-se no material interposto entre os ossos. Podem ser:
             a) articulação fibrosa: material fibroso e endurecido entre os ossos
                      - Suturas: entre os ossos do crânio.
                      - Sindesmose: entre a tíbia e a fíbula, distal.
             b) articulações cartilagíneas: material cartilaginoso, amortecedor entre os ossos.
                      - Sincondroses: entre as costelas e o esterno
                      - Sínfises: entre os ossos da púbis (spinfises púbica) 
            c) articulações sinoviais: são a maioria e as grandes responsáveis pelos movimentos. Possuem líquido sinovial lubrificante, entre os ossos. 
                      - planas: acrômio - clavicular, sacro - ilíaca, ossos do tars, ossos do carpo.
                      - trocóide: radio-ulnar, atlanto-axial
                      - gínglimo (dobradiça): cotovelos,joelho, enterfalagianas.
                      - côndilar ou elipsóide (em pivô): punho
                      - selares (em sela): trapézio com o 1º metacarpo
                      - esfenóide (soquete): ombro, quadril. 
   

domingo, 29 de maio de 2011

HABILIDADES GIMINICAS AXIAIS - Conteúdo da Prova.

Galera, segue abaixo o conteúdo da prova. O que foi passado durante as aulas +  a revisão realizada na semana que antecedeu as provas !!!

Aproveitem e bom estudo !!!!

HABILIDADES GÍMNICAS AXIAIS

Descrição de movimento
      Para descrição de exercícios é necessário seguir 3 passos:
  1. indicar a posição inicial
  2. descrição da posição inicial, partindo dos membros inferiores;
  3. descrição da execução do exercício.
          Exemplo: 
                Nome do exercício: rosca direta
                Posição inicial: em pé
                Descrição da posição inicial: médio afastamento lateral do pé esquerdo; joelhos semi-flexionados; flexão 90º dos cotovelos.
                 Execução: extensão e flexão dos cotovelos.

Em uma descrição de movimentos circulares (circunduções) é necessário citar o plano, o nível e o sentido em que este movimento é realizado. Os possíveis níveis e planos são:
         Plano sagital - nível: esquerdo, direito, centro
         Plano frontal - nível: anterior, posterior, médio
         Plano horizontal - nível: superior (acima dos ombros) , médio (entro ombros e joelhos), inferior (abaixo dos joelhos).
         Sentidos 
         Plano sagital -  sentido: antero-posterior, postero-enterior
         Plano frontal - sentido: horário, anti-horário.


Descrição de movimento - Exemplo 2

                 Nome do exercício: elevação lateral
                 Posição inicial: em pé
                 Descrição da posição inicial: médio afastamento antero-posterior do pé direito com a planta do pé em contato com o solo; abdução dos ombros com os punhos cerrados
                 Execução: adução e abdução dos ombros.

Balanceamentos
            É a integração de movimentos dos membros inferiores, o tronco, a cabeça e o movimento pendular dos braços.

Fases
           1 - estímulo
           2 - movimento uniformemente retardado
           3 - ponto zero
           4 - movimento uniformemente acelerado
           5 - Elan / acento / ênfase
Planos 
          Sagital e frontal
Os balanceamentos não podem ser realizados no plano horizontal, pois seriam movimentos resistentes a gravidade e assim teriamos um movimento conduzido e não pendular.

Circunduções: São movimentos circulares de 360º  realizados pelos membros superiores nos quais há um eixo (ombro) e um extremo livre (mãos). As circunduções apresentam uma mistura de movimentos conduzidos e balanceados.
       Tipos:
                1) simples: realizadas em um plano e um nível correspondente
                2) em oito: realizadas em um mesmo plano, porém em níveis diferentes;
                3) combinada ( simples + em ointo): realizadas combinando uma em um plano e a outra em um plano diferente da anterior.
     No caso de movimentos de circunduções, trata-se de qualquer articulação que permita este tipo de movimento, já os exercício de circunduções somente pode ser realizado pelos braços.


Equilibrio
             É a resistência que um corpo faz contra a gravidade. A musculatura posterior é chamada de antigravitacional.
              Toda a vez que as forças que atuam em um corpo são iguais, dizemos que este corpo está em equilibrio. Quanto maior a  base de sustentação e mais próximo do solo estive o centro de gravidade do corpo, maior será o equilibrio.
             Questão de prova:
                            Explique qual a relação entre centro de gravidade e superfície de apoio para as situções de equilibrio.
                             Quando a projeção do eixo longitudinal que passa pelo centro de gravidade estiver dentro da superfície de apoio, o corpo estará em equilíbrio. Quanto maior o centro de apoio e quanto mais próximo o centro de gravidade do solo, maior será o equilíbrio.
              Tipos de equilíbrio:
                         1) dinâmico: é aquele que se apresenta em situações de movimento;
                         2) estático: é aquele que se apresenta em situações paradas;
                         3) recuperado: é quando há  aperda e posterior retomada do equilíbrio.
Existem 3 fatores essenciais no corpo humano para o equilíbrio: visão, tato (proprioceptores) e a audição (vestíbulo auricular).

Quando realizamos saltos, dizemos que o centro de gravidade está fora do corpo, pois não há contato com o solo.
Parada de 3 apoios:
Elementos importantes para que se realize a parada de 3 apoios.
        a) posição relativa das mãos e cabeça; um correto posicionamento das mãos e cabeça aumenta a superfície de apoio.
        b) espaço entre os dedos: auxilia na superfície de contato, aumentando-a e facilitando o equilibrio;
        c) Apoio da cabeça: realizar o apoio da cabeça com a testa, facilitando a sustentação do peso do corpo.
       d) posicionar o centro de gravidade dentro da superfície de apoio: iniciar o movimento caminhando sem movimentar as mãos e cabeça para que o centro de gravidade seja posicionado com a sua projeção dentro da superfície de apoio, e assim o corpo entra em equilíbrio.

Parada de mãos:
            a) braços estendidos e uma perna a frente do corpo que servirá de apoio
            b) cabeça alinhada com o restante do corpo;
            c) contração dos músculos do abdômem e glúteos.
Giros:
           são habilidades motoras que se definem como movimentos de rotação em torno de um eixo. São considerados também contínuas mudanças de direção. Embora originalmente os giros são sem deslocamentos, eles apresentam variantes onde o corpo se desloca.
      Tipos:
            a) giros em pé;
            b) giros nas demais posições
      Fases:
            a) preparação
            b) execução
            c) finalização

Na fase preparatória o olhar é uma das coisas mais importantes, deve estar fixo em um ponto. Durante a execução do giro a cabeça é o último que sai e o primeiro a chegar. As mãos e cotovelos devem estar alinhados, o braço estendido indica o lado que fará o impulso do giro. Os braços devem aproximarem do tronco para favorecer a velocidade do giro, na parte final os braços se alinham lateralmente na linha do ombro para estabilizar o corpo.

OBS: giro x volta
giro: rotação em torno de um eixo
volta: movimento de trajetória circular.

     Tipos de giros: 
         a) pirueta: giro no lugar e no chão;
         b) tour: giro no ar
         c) Piqué: giro no chão com um pé
         d) Deboulée: giro no chão com troca de apoio.

Rolamentos

Os giros realizados em pé são em torno do eixo céfalo-caudal, as cambalhotas, são giros realizados no eixo latero-lateral.

Aspectos importantes: 
   Frontal: mãos apoiadas no solo na largura dos ombros, dedos afastados. Flexão da coluna com o queixo apoiado no peito. Elevar o quadril "escondendo" a cabeça efetuando o rolamento, sempre mantendo os joelhos unidos. Após a execução, as mãos devem ficar à frente para auxiliar o corpo na finalização (em pé).
   Para trás: mãos espalmadas em contato com o solo e ao lado das orelhas, dedos afastados e cotovelos próximo ao corpo. Realizar o movimento trazendo os joelhos próximo ao tronco elevando o quadril para realizar o rolamento. Finalizar com as mãos a frente do corpo.

Ondas: 
    É a habilidade axial que se caracteriza por um impulso inicial que se origina no quadril, ou seja, próximo ao centro de gravidade, irradiando-se para as extremidades dos núcleos articulares.
Tipos:
         a) sagital
         b) frontal

Baseado no mesmo princípio das ondas temos os movimentos ondulantes que são realizados apneas pelos membros superiores e são de 4 tipos: a) flexo-extensões ondulantes, b) adbuções ondulantes, c) oscilações ondulates, d) circunduções ondulantes.

Contrações Musculares
        O movimento só ocorre graças as contrações musculares. - síntese e ressíntese de ATP. No músculo existem 2 tendões, um de origem ( mais próximo a linha média do corpo) e um de inserção (parte distal).
     Tônus muscular: é um estado latente do músculo, contrações mínimas que ocorrem mesmo quando músculo está em repouso. A melhora do tônus ocorre quando há movimento e se perde quando o músculo morre. O músculo ao se contrair se desenvolve por inteiro e não somente algumas partes.

Tipos de contração: 
        a) dinâmica : com movimento aparente.
                - concêntrica: quando o movimento feito contraria a força da gravidade. Ocorre um encurtamento do músculo e a origem e a inserção se aproximam. Ocorre uma diminuição da angulação da articulação. A potência muscular vence a resistência da carga.
                - excêntrica: Quando o músculo está contraído, ele se alonga. A inserção e origem se afastam. A resistência vence a potência e a angulação da articulação aumenta. o movimento realizado é a favor da gravidade. Podemos dizer que a contração excêntrica é mais eficiente do que concêntrica. Quanto maior o braço de força (linha imaginária que começa no braço e termina na mão), maior será a contração aplicada pelo músculo. Aumentando a distância dessa linha para o centro do corpo, aumentaremos a tensão no músculo.
         
         b) estática: sem movimento aparente
               - isometria: estando parado, ocorre a resistência da gravidade se mantendo no mesmo lugar. A potência se iguala a resistência  A inserção e a origem se mantém. E o braço de força se estabiliza.

Definições:
        Músculo agonista: primário, principal
        Músculo antagonista: opositor, contrário
        Músculo sinergista: colaborador, secundário, músculos que cruzam;
        Músculo estabilizadores: de estabilidade, posturais, atuam sempre em isometria.

Estando um indivíduo na posição pendurado em um barra fixa, com o queixo apoiado sobre a mesma. ele realiza o movimento de aproximação do solo. Determine:
a) músculos agonistas: bíceps
b) músculos antagonistas: tríceps
c) músculos sinergistas: braquio-radial
d) músculos estabilizadores: músculo posterior do tronco.
e) tipo de mocimento: extensão dos cotovelos
f) tipo de contração: dinâmica excêntrica

obs: nos movimento bi-articulares escolhe-se uma articulação.

Músculos flexores do quadril:
- ilio-psoas
- quadríceps

Estando um indivíduo na posição decúbito ventral, eleva a perna esquerda. Determine:
a) tipo de movimento: hiper-extensão do quadril
b) tipo de contração: dinâmica concêntrica
c) músculo agonista: glúteo máximo
d) músculo antagonista: flexores do quadril
e) músculo sinergista: posterior de coxa
f) músculo estabilizador: quadrado lombar





quinta-feira, 26 de maio de 2011

GENÉTICA

Segue abaixo os links com o conteúdo da avaliação de amanhã !


Anomalias Genéticas

quarta-feira, 25 de maio de 2011

FISIOLOGIA

Conforme prometido, estou colocando também a aprensentação a respeito dos hormônios Leptina e Grelina, pois segundo o professor haverá 2 ou mais perguntas na prova a respeito desse tema. Consta também o link do vídeo apresentado.


1) vídeo Leptina e Grelina: http://www.youtube.com/watch?v=rDXYitv37fc

2) Apresentação:

Trabalhos Fisiologia - resumo

FISIOLOGIA


Contribuição do Anderson e do Fabião ao Blog  - Resumo dos seminários apresentados !!!! 

Aproveitem, pois cai na prova !!!!!



Hipófise
A hipófise ou glândula pituitária se liga ao hipotálamo através do pedículo hipofisário ou infundíbulo.  É responsável pela regulação da atividade de outras glândulas e de várias funções do organismo como o crescimento e secreção do leite através das mamas. Se divide em:
Hipófise posterior (neuro-hipófise):
Os hormônios secretados pela hipófise posterior são:
Hipófise anterior (adeno-hipófise):
Os hormônios secretados pela hipófise posterior são:
·         Hormônio do crescimento
·         Prolactina
·         Hormônio fólico-estimulante
·         Hormônio luteinizante
·         Hormônio estimulante da tireóide (TSH)
·         Hormônio adrenocorticotrófico (estimulante da glândula adrenal)
·         Endorfinas (neurotransmissor)
Tireóide
É uma glândula endócrina localizada no pescoço que é capaz de armazenar o produto de sua excressão, sua principal função é a produção e armazenamento de T3 (tri-iodotironina), T4 (tiroxina) sob a ação do TSH enviado pela hipófise. Produz também a calcitonina, hormônio responsável pela diminuição da concentração de cálcio no sangue, estimulando a formação óssea.
Paratireóide
são dois pares de glândulas endócrinas que se situam atrás da glândula tiróide. Elas produzem o paratormônio (PTH), o principal hormônio responsável pela regulação da concentração de cálcio no sangue. O paratormônio é responsável pela descalcificação do osso, aumentando a quantidade de cálcio no sangue, também auxilia na absorção de vitamina D.
Supra-renal ou adrenal
É uma glândula endócrina localizada acima do rim, sua principal função é estimular a conversão de proteínas e de gorduras em glicose, ao mesmo tempo que diminui a captação de glicose pelas células, aumentando  assim, a utilização de gorduras como fonte de energia. A glândula adrenal atua na síntese e liberação de hormônios corticosteroides e de catecolaminas, como o cortisol e a adrenalina. Ela produz dois tipos de hormônios esteróides, o s sexuais (testosterona e progesterona) e os corticosteróides que se dividem em duas classes:

Glicocorticóides: Possuem importantes efeitos metabólicos, sendo utilizados na prática médica graças aos seus potentes efeitos antiinflamatórios e imunossupressores. O principal glicocorticóide endógeno (produzido pelo corpo) é o cortisol.
Mineralocorticóides: O seu papel está relacionado com a manutenção do equilíbrio de íons (em particular o sódio) e do volume de água no organismo. Destaca-se deste grupo a aldosterona.
Cortisol: é um hormônio corticosteróide produzido pela glândula supra-renal que está envolvido na resposta ao estresse; ele aumenta a pressão arterial e o açúcar do sangue (agindo também como antagonista fisiológico da insulina), além de suprimir o sistema imune.
Adrinalina ou epinefrina: durante o stress a glândula adrenal libera grandes quantidades desse hormônio no sangue, que aumenta a frequência dos batimentos cardíacos (cronotrópica positiva) e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue (hiperglicemiante), minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o tal fluxo para os músculos voluntários nas pernas e nos braços e "queima" gordura contida nas células adiposas. Isto faz com que o corpo esteja preparado para uma reação, como reagir agressivamente ou fugir, por exemplo.
Pâncreas
É uma glândula do sistema digestivo que é tanto endócrina (produzindo horm^nios importantes, como a insulina, o glucagon e somatostatina) quanto exócrina (secretando suco pancreático).
Insulina: é o hormônio responsável pela redução da glicemia (taxa de glicose no sangue), promovendo a entrada de glicose nas células. Ela é também essencial no consumo de carboidratos, na síntese de proteínas e no armazenamento de lipídios (gorduras).
Glucagon: É um hormônio muito importante no metabolismo dos hidratos de carbono. O seu principal papel é aumentar a glicemia (nível de glicose no sangue), contrapondo-se aos efeitos da insulina. O glucagon atua na conversão da ATP (trifosfato de adenosina) a AMP-cíclico, composto importante na iniciação da glicogenólise, com imediata produção e libertação de glicose pelo fígado (glicogenólise e gliconeogênese).
Somatostatina: Intervém indiretamente na regulagem da glicemia, e inibe a secreção da insulina e glucagon. A secreção da somatostatina é regulada pelos altos níveis de glicose, aminoácidos e de glucagon. Seu déficit ou seu excesso provocam indiretamente transtornos no metabolismo dos carboidratos.

Leptina

A leptina é um hormônio produzido principalmente pelos adipócitos ou células gordurosas, sendo que sua concentração varia de acordo com a quantidade de tecido adiposo.Atua no controle do apetite. Na obesidade, os níveis de leptina estão aumentados, mas apesar de seus níveis altos nos obesos o receptor no cerebro deste hormonio não o reconhece, parecido com o caso da Diabetes 2.
Grelina
Conhecido como hormonio da fome, produzido principalmente pelo estômago, mas também pelo hipotálamo. Quando o estomago fica vazio intensifica a secreção da grelina, o hormônio atua no cérebro dando a sensação de fome. Quando nos alimentamos a secreção da grelina diminui e a sensação da fome passa.
Ao contrário do que se é de se esperar a quantidade de grelina nos obesos é menor do que nas pessoas com o peso ideal, o que acontece é que os obesos tem uma maior sensibilidade a esse hormônio, e um mecanismo que reduz sua produção quando o obeso ganha peso. 

Educação Física - FMU: FISIOLOGIA

FISIOLOGIA

Amanhã, a prova é de Fisiologia... para aqueles que acompanham o Blog desde o início, já havia postado a matéria, só faltava uma parte em relação a Cardiovascular que eu perdi a aula, mas fui atrás do conteúdo e pesquisei a respeito então abaixo estão dois links com o conteúdo da prova de amanhã e logo depois uma continuação da matéria com o conteúdo de Sistema de Purkinje.

1) Educação Física - FMU: FISIOLOGIA- matéria dada em sala de aula.

2) Educação Física - FMU: Trabalhos Fisiologia - resumo - Contribuição do Anderson e Fabião ao Blog..aproveitem, pois cai na prova !!!!


SISTEMA DE PURKINJE

A ritmicidade própria do coração, assim como o sincronismo na contração de suas câmaras, é feito graças um interessante sistema condutor e excitatório presente no tecido cardíaco: O Sistema de Purkinje. Este sistema é formado por fibras auto-excitáveis e que se distribuem de forma bastante organizada pela massa muscular cardíaca.
Podemos conferir, na ilustração abaixo, como se distribuem as diversas fibras que formam o Sistema de Purkinje:

  1. Nodo Sinu-Atrial (SA): Também chamado nodo Sinusal, é de onde partem os impulsos, a cada ciclo, que se distribuem por todo o restante do coração. Por isso pode ser considerado o nosso marcapasso natural. Localiza-se na parede lateral do átrio direito, próximo à abertura da veia cava superior. Apresenta uma frequência de descarga rítmica de aproximadamente 70 despolarizações (e repolarizações) a cada minuto. A cada despolarização forma-se uma onda de impulso que se distribui, a partir deste nodo, por toda a massa muscular que forma o sincício atrial, provocando a contração do mesmo. Cerca de 0,04 segundos após a partida do impulso do nodo SA, através de fibras denominadas internodais, o impulso chega ao Nodo AV.
  2. Nodo Atrio-Ventricular (AV): Chegando o impulso a este nodo, demorará aproximadamente 0,12 segundos para seguir em frente e atingir o Feixe AV, que vem logo a seguir. Portanto este nodo, localizado em uma região bem baixa do sincício atrial, tem por função principal retardar a passagem do impulso antes que o mesmo atinja o sincício ventricular. Isto é necessário para que o enchimento das câmaras ventriculares ocorra antes da contração das mesmas pois, no momento em que as câmaras atriais estariam em sístole (contraídas), as ventriculares ainda estariam em diástole (relaxadas). Após a passagem, lenta, através do nodo AV, o impulso segue em frente e atinge o feixe AV.
  3. Feixe Atrio-Ventricular (AV): Através do mesmo o impulso segue com grande rapidez em frente e atinge um segmento que se divide em 2 ramos:
  4. Ramos Direito e Esquerdo do Feixe de Hiss: Através destes ramos, paralelamente, o impulso segue com grande rapidez em direção ao ápice do coração, acompanhando o septo interventricular. Ao atingir o ápice do coração, cada ramo segue, numa volta de quase 180 graus, em direção à base do coração, desta vez seguindo a parede lateral de cada ventrículo. Note que cada ramo emite uma grande quantidade de ramificações. Estas têm por finalidade otimizar a chegada dos impulsos através da maior quantidade possível e no mais curto espaço de tempo possível por todo o sincício ventricular. Com a chegada dos impulsos no sincício ventricular, rapidamente e com uma grande força, ocorre a contração de todas as suas fibras. A contração das câmaras ventriculares reduz acentuadamente o volume das mesmas, o que faz com que um considerável volume de sangue seja ejetado, do ventrículo direito para a artéria pulmonar e, do ventrículo esquerdo para a artéria aorta.
Bom estudo e boa prova a todos !!!!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

História e Filosofia - A Escola alemã.

FMU cria Núcleo de Pesquisa sobre Bullying

Pessoal,

Este tema está também em nossas provas, porém mais importante do que isto é sabermos que como Educadores ou Professores, teremos que enfrentar este mal que está presente em todos os ambientes. A FMU lançará no dia 23 de maio, uma cartilha sobre o tema, confiram no link maiores informações: Lançamento Cartilha sobre Bullying

quarta-feira, 18 de maio de 2011

História e Filosofia - Texto: Para que filosofia ( Marilena Chaui)

Texto: Para que filosofia
Marilena Chaui

As evidencias do cotidiano
                   Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações. Fazemos perguntas como " que horas são?", ou "que dia é hoje?". Dizemos frases como "ele está sonhando", ou "ela ficou maluca". Fazemos afirmações como "onde há fumaça há fogo", ou " não saia na chuva para não se resfriar". Avaliamos coisas e pessoas, dizendo, por exemplo, "esta casa é mais bonita do que outra" e " Maria está mais jovem do que Glorinha".
                  Numa disputa, quando os ânimos estão exaltados, um dos contendores pode gritar ao outro: "Mentiroso! Eu estava lá e não foi isso o que aocnteceu", e alguém querendo acalmar a briga, pode dizer: "Vamos ser mais objetivos, cada um diga o que viu e vamos nos entender!".
                   Também é comum ouvirmos os pais e amigos dizendo que somos muitos subjetivos quando o assunto é namorado(a). Frequentemente, quando aprovamos uma pessoa, o que ela diz, como ela age, dizemos que essa pessoa "é legal".
                 Vejamos um pouco mais de perto o que dzemos em nosso coridiano. Quando perguntamos " que horas são?", "que dia é hoje?", minha expectativa é a de que alguém, tendo um relógio ou um calendário, me dê a resposta exata. Ao fazermos perguntas como estas, acredito que o tempo existe, que ele passa e pode ser medido em horas e dias, que o que já passou é diferente de agora e o que virá também há de ser diferente deste momento, que o passado pode ser lembrado ou esquecido, e o futuro, desejado ou temido. Assim, uma simples pergunta, contém, silenciosamente, várias crenças não questionadas por nós.
                 Quando digo "ele está sonhando", referindo-me a alguém que diz ou pensa alguma coisa que julgo impossível ou improvável, tenho igualmente muitas crenças silenciosas: acredito que sonhar é diferente do que estar acordado, que no sonho, o impossível e o improvável se apresentam como possível e provável, etc... Acredito também que a realidade existe fora de mim, posso percebê-la e conhecê-la tal como é , sei diferenciar realidade de ilusão.
                Quando algém diz "onde há fumaça, há fogo", afirma silenciosamente muitas crenças: acredita que existem relações de causa e efeito entre as coisas, que onde houver uma coisa certamente houve uma causa para ela. Acreditamos assim que a realidade é feita de causalidades, as coisas, os fatos, as situações se encadeiam em relações causais que podemos conhecer e, até mesmo, controlar para o uso de nossas vidas.
                 Ao analisarmos que uma casa é mais bonita que a outra, acreditamos que as coisas, as pessoas, as situações, os fatos pode ser comparados e avaliados, julgados pela qualidade. Julgamos assim que a qualidade e a quantidade existem, que podemos conhecê-las e usá-las em nossas vida.
                 Como se pode notar, nossa vida cotidiano é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos porque nos parecem naturais, óbvias. Cremos no espaço, no tempo, na realidade, na qualidade, na quantidade, na verdade, na diferença entre realidade e sonho ou loucura, entre verdade e mentira; cremos também na objetividade e na diferença entre ela e a subjetividade, na existência da vontade, da liberdade, do bem e do mal, da moral e da sociedade.

A atitude filosófica
                 Imaginemos agora se alguém tomasse a decisão de desistir dessas crenças silenciosas comum em nosso cotidiano e questionasse, por exemplo, "o que é o tempo?" "o que é moral?", "o que é verdade?",etc...Estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, teria passado a indagar o que são estas crenças e os sentimentos que alimentam, silenciosamente nossa existêcnia.
                 Ao tomar essa atitude, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer por que cremos no que cremos e sentimos o que sentimos, e o que são as nossas crenças e sentimentos.Esse alguém estaria começando a adotar o que chamamos de atitude filosófica. Assim, uma primeira resposta para à pergunta "O que é filosofia?" poderia ser: a decisão de não aeitar como óbvias e evidentes as coisas, as idéias, os fatos, as situações, os valores, os comportamentos de nossa existência codiana: jamais aceitá-los sem antes havê-los investigado e compreendido.


A atitude crítica
              A primeira característica da atitude filosófica é negativa, isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias da experiências cotidiana, ao que todo mundo diz e pensa, ao estabelecido.
              A segunda característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas, as idéias, os fatos , as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma interrogação sobre o porque disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim e não de outra maneira. O que é? Por que é? Como é ? Essas são indagações fundamentais da atitude filosófica. A face negativa e positiva da atitude filosófica, constituem o que chamamos de atitude crítica  e pensamento crítico.
             A filosofia começa dizendo não às crenças e aos preconceitos do senso comum e, portanto, começa dizendo que não sabemos o que imaginávamos saber, por isso, o patrono da Filosofia, Sócrates, afirmava que a primeira e fundamental verdade filosófica é sizer: "Sei que nada sei".

Para que filosofia?
              Em geral essa resposta costuma receber uma pergunta irônica, conhecida dos estudantes de filosofia: " A filosofia é uma ciência que com a qual e sem a qual o mundo permanece tal e qual". Ou seja, a Filosofia não serve para nada. Em nossa cultura, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata. Por isso ninguém questiona a existência das ciências, pois todo mundo imagina ver a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à realidade.
                   Ora, todas estas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento,na tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.
                    Verdade, pensamentos, procedimentos especiais para conhecer os fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a Filosofia quem as formula e busca respostas para elas. Assim, o trabalho de ciência pressupõem o trabalho da filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo.
                   A filosofia seria a arte do bem viver. Estudando as paixões, os vícios humanos, a liberdade e a vontade, analisando a capacidade de nossa razão para impor limites aos nossos desejos e paixões, ensinando-nos a viver de modo honesto e justo na companhia dos outros seres humanos, a Filosofia teria como finalidade ensinar-nos a virtude, que é o princípio do bem-viver.

Atitude filosófica: indagar
                   A atitude filosófica possui algumas características:

  1. perguntar o que a coisa, ou o valor, ou a idéia, é. A Filosofia pergunta qual é a realidade ou natureza e qual é a significação de alguma coisa, não importa qual;
  2. perguntar como a coisa, idéia, ou valor, é. A Filosofia indaga qual é a estrutura e quais as relações que constituem uma coisa, uma idéia ou um valor.
  3. perguntar porque a coisa, a idéia ou o valor, existe e é como é. A Filosofia pergunta pela origem ou pela causa de uma coisa, de uma idéia, de um valor.
                Estas indagações são feitas pela atitude filosófica ao mundo que nos rodeia e às relações que mantemos com ele. Pouco a pouco, porém, descobre que essas questões referem-se à nossa própria capacidade de pensar. Por isso, as perguntas da Filosofia se dirigem ao próprio pensamento. A Filosofia torna-se, então, o pensamento interrogando a si mesmo. Por ser uma volta que o pensamento realiza sobre si mesmo, a filosofia se realiza como reflexão.

A reflexão filosófica
                  Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo.
                   A reflexão filosófica é radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer a si mesmo. Esta reflexão organiza-se em três grandes conjuntos de perguntas ou questões:
  • Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Ou seja, quais os motivos, razões e as causas para pensarmos, dizermos ou agirmos dessa forma.
  • O que queremos pensar, dizer ou fazer quando estas atitudes tomamos? Ou seja, qual o conteúdo ou a sentido.
  • Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos ou fazemos o que fazemos? Ou seja, qual a intenção ou a finalidade.
                   Podemos então concluir que a atitude filosófica são perguntas sobre a essência, o significado ou a estrutura e a origem de todas as coisas. E no ato da reflexão, são perguntas sobre a capacidade e a finalidade humana para conhecer e  agir.

Filosofia: um pensamento sistemático
                   A Filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos, busca encadeamentos lógicos entre os enunciados, opera com conceitos idéias obtidos por procedimentos de demonstração e prova, exige a fundamentação racional do que é enunciado e pensado. Somente assim, a filosofia deixa de ser um "eu acho que" ou "eu penso que".

Em busca de uma definição de filosofia
                     Uma primeira aproximação nos mostra quatro definições gerais do que seria a Filosofia:
  1. Visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura.Filosofia corresponde ao conjunto de idéias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o tempo e o espaço, o sagrado e o profano,o bom e o mau, o justo e o injusto, o verdadeiro e o falso, o possível e o impossível, o contingente e o necessário.
  2. Sabedoria de vida: A filosofia é identificada como a definição e a ação de algumas pessoas que pensam sobre a vida moral, dedicando-se a contemplação do mundo para aprender com ele a controlar e dirigir suas vidas e modo ético e sábio.
  3. Esforço racional pra conceber o Universo como uma totalidade ordenada e dotada de sentido: Neste caso, começa-se a distinguindo entre a Filosofia e a religião e até mesmo opondo uma à outra, pois ambas possuem o mesmo objeto (compreender o Universo), mas a primeira o faz através do esforço racional, enquanto a segunda, por confiança (fé) numa revelação divina.
  4. Fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das práticas: A Filosofia cada vez mais, ocupa-se com as condições e os princípios do conhecimento que pretenda ser racional e verdadeiro: com a origem, a forma e o conteúdo dos valores éticos, políticos, artísticos e culturais: com a compreensão das causas e das formas da ilusão e do preconceito no plano individual e coletivo; com as transformações históricas dos conceitos, das idéias e dos valores.